Após quase um mês de espera, chegamos a semana da Final da Conmebol Libertadores 2023. Prestes a se enfrentarem no Maracanã, Boca Juniors x Fluminense devem lotar o Rio de Janeiro com seus torcedores. Enquanto o Tricolores poderão disputar o título “em casa”, os Xeneizes (como são conhecidos os torcedores do Boca) virão em massa da Argentina para o Brasil.
Para a final do Maracanã, é esperada, de acordo com o Consulado Geral da Argentina no Rio de Janeiro, uma verdadeira invasão argentina. Até o sábado (04), mais de 100 mil torcedores do Boca Juniors são esperados para a disputa.
Sem chegar à final de Libertadores desde 2018, quando foi derrotado pelo River Plate, o Boca Juniors chega ao Rio confiante. Enquanto os argentinos esbanjam seis títulos da competição, o Fluminense caminha para estampar pela primeira vez uma plaquinha na taça de Campeão da América.
Uma invasão argentina
Enquanto os clubes estão empolgados e focados na disputa dentro do campo, autoridades se mantém alerta para eventuais problemas fora deles. Já nesta última segunda-feira (30), torcedores argentinos relataram que foram roubados e agredidos por torcedores do Fluminense na praia de Copacabana.
“Eles nos espancaram. Roubaram meu celular. Éramos 30, e eles vieram para a praia para quebrar nossas cabeças”, declarou um dos torcedores argentinos em suas redes sociais.
Os ânimos estão exaltados para a disputa e o clima de animosidade tem tomado conta nas redes. Entre ofensas e provocações, torcedores de ambos os lados tem elevado o tom de ameaças.
Nesse sentido, o jornal argentino Olé, publicou uma matéria na qual relatam um “Clima de Guerra” entre torcedores. Fato que preocupa autoridades brasileiras, quanto a segurança no evento e em seu entorno.
Daniel Scioli, embaixador argentino no Brasil, alertou os torcedores do Boca quanto às ‘provocações’ e insultos de teor racista. “Temos que dar muita ênfase à prevenção. Que os torcedores se abstenham de provocações, de insultos raciais. Eles deveriam saber que aqui, para isso, a tolerância é zero”, enfatizou o embaixador argentino no Brasil.
“Tenho visto muitas situações nestes tempos, com torcedores do Estudiantes, do San Lorenzo, do Argentinos Juniors. Mas isso é muito grande pelo que representa. Pela final, pelo que sentem pelo Boca, pelo plano que vem para o Rio. Isso é imparável”, complementou.
Chegada do Boca Juniors a Final
Maior finalista da história da Libertadores, o Boca Juniors chega para a sua 12ª final com um recorde inusitado. Na atual edição, o clube argentino alcançou a final sem ter vencido nenhum jogo na fase mata-mata.
Empates com o Nacional do Uruguai, nas oitavas, com o Racing também da argentina nas quartas e com o Palmeiras nas semifinais, garantiram ao Boca avançar três vezes nos pênaltis. Destaque desta campanha, o goleiro Sérgio Romero classificou as suas atuações nos pênaltis como “uma diversão“.
Ao todo o arqueiro argentino pegou seis cobranças até aqui e é considerado o maior trunfo da equipe na final. Caso a disputa vá novamente para os pênaltis, o Boca poderá se tornar campeão da competição sem ter vencido no mata-mata, um feito ainda mais impressionante.
Atualmente com seis conquistas da Libertadores, o Boca não é o maior campeão da competição, mas pode igualar os sete títulos do Independiente, caso vença. Detentor desde 1984 do título de maior campeão da Libertadores, o Independiente, levantou o troféu em: 1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984.